Terminus.

Entrar hoje, , foi estranho.

Sentimento estranho aquele de passar naquele portão enorme, mandar um "bom dia" ao segurança (sempre sorridente) e pensar "É a ultima vez que por aqui passo, com a obrigação de o fazer".
Esperava um dia calmo, melancólico até. Como de costume, não o foi. Surgem sempre coisas naquele lugar estranho e, hoje não podia ser excepção.

Acabou.
Sentimento de dever cumprido.
Tudo feito, por minha parte.
Deixei tudo de mim naquele sitio (mais do que devia talvez...).
Esperava-me, hoje, feliz por este final. Esperava-me...

Há pessoas que nos marcam e "custam" a deixar.
Roda viva.
Tantas vidas ali dentro e...e tão pouca atenção a cada uma delas.
É bom quando param e nos escutam. É bom quando paramos e escutamos alguém.
É bom quando fixamos o olhar e nos retribuem. É bom sentir almas, por baixo dos corpos.

Simples.

Levo-os comigo. Levo algumas daquelas pessoas comigo.

OBRIGADO.

2 comentários:

____ disse...

Ler teu texto foi quase uma obrigação não só pela qualidade, mas pelo título, que por si só, já traz consigo aspirações bem alusivas.
Li e fiquei a cá recordando.
Recordar é bom,é verdade.
Ainda que seja dramático, porque drama, bem aplicado, também é ótimo.

Ressaltar o que se leva remete, também, "deixar", o irmão do verbo "dar" mesmo.

Reciprocidade.

Jack vestida de loba e uivando...ou balindo? disse...

Sim, é bom. O Simples é bom. E aqui, tudo é muito bom! Tem gosto de algodão doce tuas palavras...mesmo as trites...
(espero que não se importe por eu ter vindo aqui xeretar, o título me chamou atenção, e os textos, mais ainda!)